sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Ironias

Engraçado falar sobre julgar e ser julgado. Porque ninguém dá o direito de que niguém o julgue, mas a questão é que de alguma maneira todos nós acabamos julgando uns aos outros. Com maldade ou sem maldade, a questão é que o fazemos, e nos sentimos profundamente ofendidos quando percebemos que estamos sendo julgados da mesma maneira que julgamos um dia, que há dedos apontados em nossa direção tão duramente quanto já os apontamos em diversas ocasioões!
O que me intriga é mesmo o fato de como quanto mais se faz a respeito disso, pior é a reação. Sobre como é profunda a sensação de tolice de quando a gente se dá conta de que aquele defeito apontado por nós com tanto entusiasmo de repente hoje faz parte das nossas atitudes. Qual não é o tamanho do questionamento na mente de qualquer ser humano ao perceber tal fato? Porque se este defeito foi percebido hoje, será que não esteve lá o tempo todo? E será que ele realmente é um defeito? Ou agora olhando por outro ângulo  você consegue compreender que tudo faz parte da natureza humana e que muitas vezes é incontrolável se agir de determinada maneira? Ou nos outros os seus próprios defeitos se transformam em imperdoáveis?
E como lidar com essa sensação de ridículo que de repente lhe invade a alma por um minuto e lhe faz perceber quão frágil você é quando se utiliza de maledicência e julgamentos sem o menor conhecimento de causa?
O primeiro passo óbvio para evitar todas essas dúvidas e sensações seria jamais ousar julgar a alguém novamente. Simples, não é mesmo?
Agora quero que me diga se você realmente consegue, mas pense bem, porque se disser que sim certamente eu lhe julgarei um hipócrita de primeira linha!
(RISOS)

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Todo dia
O dia todo
Esperando o meio-dia
Esperando o fim do dia
O fim de semana
O fim do ano
O ano novo!

Porque  no ano novo
Tudo muda
É o recomeço
É a nova chance
É a vida nova

E depois que o ano novo começa
A gente passa todo dia
O dia todo
Esperando o meio-dia
Esperando o fim do dia
O fim de semana
O fim do ano
O ano novo...

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Existem momentos na vida em que o desespero é tão grande, os problemas parecem ser tantos, que nada do que possa ser feito parece ajudar. Momentos em que você sente não apenas o coração, mas todo o seu ser despedaçado, esmagado, sufocado pelos dilemas, decisões, problemas, responsabilidades, exigências das pessoas e às vezes até pela sua própria exigência consigo mesmo.
Momentos nos quais uma palavra te magoa muito mais do que normalmente magoaria, uma atitude a seu respeito te ofende mesmo sem ter essa intenção...
Por mais que possa parecer fácil sair de tudo isso, não é tão simples como parece convencer um coração magoado a tirar forças de algum lugar que nem você mesmo sabe onde é.
É impossível descrever a sensação do vazio, de ver aquele problema crescendo sobre você e você lá se sentindo cada vez menor diante dele, sabendo que ninguém ao seu redor pode te ajudar de verdade...
É como se você passasse a vida toda procurando algo e de repente você se desse conta de que jamais vai encontrar, de que por mais que você se esforce, por mais que você continue tentando, por mais que você não perca o ânimo, nada vai adiantar e você nunca vai conseguir!
E, no meio disso, a vontade que surge e que se torna cada vez mais forte é de me poupar de maiores esforços, de desistir de tudo e aceitar o pouco que vier com gratidão mas sem maiores desejos ou esperanças, como quem aguarda ansiosamente pelo final da jornada, como um expedicionário que abandona os companheiros no meio do caminho e fica ali sentado observando o tempo passar e aguardando o nada, o vazio, o fim.
Vontade de ficar inerte, suscetível ao que vier, como alguém que já não sabe onde quer chegar mas continua, sabendo que não vai chegar a lugar algum...